segunda-feira, abril 24, 2006

 
Amanhã comemora-se o "Rei dos Dias" deste País, a luz da liberdade que chegou, depois de quase cinquenta anos de ditadura cruel que amordaçou, menorizou, escorraçou e emudeceu todos os seus filhos, porque em todas as esquinas das cidades e das vilas se temia falar, ver, ouvir, porque tudo era crime.
A guerra sem fim esperávamos a todas as portas, com as idas para as Áfricas e os filhos e os maridos mortos. As mulheres viúvas e orfãos dos filhos que morriam deixavam que o coro da tristeza escorresse por todas as esquinas das cidades e das vilas tristes.
Subitamente a Aurora rompeu, uma aurora que ninguém acreditava pudesse vir a acontecer.
O surreal entrou pelos nossos ouvidos medrosos, expectantes, aflitos, sedentos, depois esperançosos, felizes, sem medos.
Dias em que todos fomos irmãos, acreditando numa sociedade mais igual, porque derrubado o tirano, pensámos que baniriamos a tirania para sempre.
A liberdade e a democracia são flores frágeis como os cravos vermelhos que mordemos de amor sedento nesses dias e guardámos secos nas gavetas, porque esses eram os cravos do 25 de Abril de 1974.
Passados estes anos e apesar da liberdade e da democracia que ganhámos, há muito caminho para andar, muito para fazer, muito para aprender, muito para acreditar, sempre na esperança que um dia...se possa cumprir Portugal!

Comentários:
Bem visto!
 
Só quem viveu esses tempos inglórios...gosta de saborear o tempero da democracia...
Sempre em liberdade de espirito...e acção!!!
Um abraço
 
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